Entenda quais gramíneas e leguminosas se destacam na fenação e atendem as necessidades nutricionais
Um dos fatores decisivos mais importantes na produção de feno para garantir um produto de qualidade é a escolha da planta forrageira, pensando em nutrição e durabilidade. Com o crescimento da demanda por alimentação conservada de alto valor nutritivo para animais, entender quais espécies, entre as gramíneas e leguminosas, se adaptam melhor à fenação se tornou algo essencial, tanto para produtores iniciantes quanto para os mais experientes no campo.
- Gramíneas
As Gramíneas tropicais são bastante utilizadas no Brasil por sua facilidade de manejo, pela boa produtividade e pela rápida desidratação. Entre elas, se destacam as variedades do gênero Cynodon, como o Tifton 85 e o Coast Cross. Estas plantas possuem alta relação folha/colmo (maior proporção de folhas em relação ao caule), colmos finos e um teor proteico elevado, características que favorecem tanto a secagem quanto a digestibilidade e o processo de ruminação.
Existem também outras gramíneas populares, o que incluí a Estrela Africana e as braquiárias, como Brachiaria brizantha (Marandu), decumbens e humidicola. Embora algumas delas apresentem um valor nutritivo menor, são eficientes quando plantadas em regiões de clima quente e solos de baixa fertilidade, ainda mais quando são associadas a práticas como a amonização para melhorar a qualidade do feno.
- Leguminosas
Entre as leguminosas, a alfafa (Medicago sativa) é a mais tradicional, com ótimo teor de proteína (entre 18% e 25%), alta digestibilidade e excelente palatabilidade para o gado. No entanto, para que a plantação tenha sucesso, é necessário que o solo esteja fértil e que haja uma boa drenagem. Outras leguminosas com bom desempenho são o amendoim forrageiro e o guandu forrageiro, ambos com bom valor proteico e resistência ao clima tropical.
Uma curiosidade sobre leguminosas são as especificidades do semiárido, onde espécies nativas da Caatinga conseguem destaque por sua rusticidade e alto valor nutricional. Plantas como a jurema-preta, o sabiá e a maniçoba se adaptam facilmente, e são opções sustentáveis no longo prazo e possuem custo baixo para a produção de feno em regiões áridas.
- Afinal, qual escolher?
Ao selecionar plantas para a fenação, é crucial avaliar a produtividade de matéria seca, o valor nutricional para diferentes espécies de animais, a facilidade de secagem, a capacidade de rebrota e a adaptação às condições locais de clima e solo. Gramíneas de colmos finos e alta proporção foliar são as mais eficientes e garantem produtividade em todas as etapas do processo.
Também pode ser uma estratégia vantajosa diversificar a produção. Ao alternar entre gramíneas e leguminosas é possível equilibrar custo, qualidade nutricional e disponibilidade ao longo do ano, o que otimiza tanto a alimentação animal quanto os recursos da propriedade.



